17 de dez. de 2009

Copenhague o momento

Copenhague, Dinamarca — Está frio em Copenhague, faz 7ºC. Acho que escolheram o lugar errado para fazer a discussão certa. Os debates são sobre aquecimento global e sentimos frio. São 17 anos de negociações e agora a sensação é que chegamos a um ponto realmente importante. Nesse período, houve três grandes marcos: Rio de Janeiro, onde tudo começou, Kyoto, onde foi feito o acordo e agora Copenhague.

O mundo inteiro se mobilizou para Copenhague. Além de especialistas, ambientalistas, o assunto envolve pessoas comuns, preocupadas com o futuro do mundo para seus filhos e netos. A imprensa nunca esteve tão envolvida. São cinco mil jornalistas em Copenhague – nem todos têm credencial. São 3,5 mil credenciais. Cedo a sala de imprensa já está toda ocupada.

As empresas também estão aqui. Sabem que, se não mudarem, serão cobradas pelo consumidor.

Outra coisa que dá mais esperança à reunião é que os maiores poluidores do mundo assumiram metas: Estados Unidos, China, Brasil e Índia, por razões diferentes, não tinham metas. Passaram a ter. Isso faz a reunião ser a mais importante de todas.

Foi uma surpresa a manobra do governo americano para controlar a emissão de gases sem precisar do Congresso, relacionando emissão de gases do efeito estufa com saúde. Em Copenhague, a repercussão foi importante. De repente, descobriu-se que o governo Obama está realmente comprometido com a redução dos gases do efeito estufa. Encontrou um atalho.

A Agência Ambiental Americana já tinha esses poderes. Há dois anos, a Suprema Corte mandou que definisse se os gases são prejudiciais à saúde. Isso abre uma avenida para que a Agência Ambiental Americana possa regular o mercado para redução das emissões.

Fonte?

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