Relações internacionais abaladas
Como era de se esperar, o Brasil com um caráter de amigo de todos, e democrático, tem investido em suas relações exteriores. Fazendo acordos de diversos tipos (energia, ciência e tecnologia, comércio, indústria, agricultura e de finanças) com países da América do Sul, da Europa, da Ásia, e até mesmo com países do Oriente Médio, que recentemente gerou muitas críticas pela visita de Mahmoud Ahmadinejad (então presidente do Irã). Cito aqui trechos de notícias vinculadas ao O Globo.com e ao Reuters, datadas entre 23/11/2009 à 02/12/2009:
“O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse na quarta-feira [02/12/2009] que o Irã vai enriquecer urânio para um nível mais elevado, aparentemente descartando um acordo acertado com a Organização das Nações Unidas (ONU) para dirimir temores de que Teerã esteja tentando desenvolver armas nucleares. [...]”
“[...] Ahmadinejad foi mais explícito. ‘Graças a Deus, a nação iraniana produzirá urânio enriquecido a 20 por cento e tudo o mais que precisa’, disse ele num discurso transmitido pela televisão na cidade de Isfahan. Caso consiga isso, o Irã pode aumentar as suspeitas de que o objetivo nuclear subjacente é desenvolver armas, já que não tem a tecnologia para criar combustível para um reator médico a partir de LEU de um grau maior. Para bombas, o material precisa ser enriquecido a 90 por cento.”
Fonte:http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/02/ahmadinejad-ira-produzira-combustivel-nuclear-20-enriquecido-915016325.asp
Nestas circunstâncias de suspeitas de produção de armas nucleares por parte do Irã, o Brasil ainda apóia a independência energética do país (Irã) no oriente médio, e recebe com orgulho (em meio às críticas) o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Indo de contra a imagem que o Brasil tem no exterior, dando a impressão de que Lula (presidente do Brasil) concorda com as posições do presidente iraniano.
“O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, desembarcou nesta segunda-feira [23/11/2009] no Brasil para uma visita cercada de polêmica.
No domingo, antes mesmo da chegada de Ahmadinejad ao país, entidades ligadas à comunidade judaica, grupos religiosos, de defesa dos direitos humanos, de homossexuais e outras organizações realizaram protestos no Rio de Janeiro contra a visita do líder iraniano.
Nesta segunda-feira, em frente ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, algumas dezenas de pessoas carregando bandeiras de Israel e cartazes dos movimentos gay e feminista gritavam palavras de ordem contra o presidente iraniano. [...]”
“[...] Os críticos da visita de Ahmadinejad questionam o fato de o Brasil receber um líder tão polêmico com honras de chefe de Estado. Esses críticos temem que o gesto possa deixar a impressão de que o Brasil concorda com as posições do presidente iraniano - que defende o fim do Estado de Israel, nega o Holocausto e resiste à pressão internacional para que o Irã interrompa seu programa de enriquecimento de urânio.
O governo brasileiro, porém, afirma que a política externa brasileira tem uma tradição de não intervir em assuntos internos de outros países, que isolar o Irã seria menos produtivo e que o melhor caminho é o diálogo.
Reagindo às criticas, o presidente Lula disse no domingo que estava honrado em receber no Brasil a terceira figura importante do Oriente Médio em menos de 15 dias: nas últimas duas semanas já estiveram em Brasília o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
‘Com todos queremos falar de paz’, disse o presidente.
Às vésperas de assumir uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da ONU e com a pretensão de conquistar um assento permanente, o Brasil busca com as visitas dos líderes do Oriente Médio desempenhar um papel mais relevante nas grandes discussões internacionais.
Críticos, no entanto, afirmam que Ahmadinejad está apenas usando o Brasil - e a América Latina - para tentar furar o bloqueio internacional que é imposto ao país.”
Fonte:http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/23/lula-recebe-ahmadinejad-em-meio-protestos-914883309.asp
“Os presidentes de Irã e Venezuela trocaram elogios e criticaram o ‘imperialismo’ norte-americano nesta quarta-feira [25/11/2009], no fim de uma controversa viagem do líder da nação islâmica pela América do Sul.
O venezuelano Hugo Chávez aproveitou a cerimônia de recepção a seu colega Mahmoud Ahmadinejad, no palácio presidencial, para se lançar mais uma vez contra Israel, Estado que qualificou de ‘braço assassino do império ianque’.
O líder da Venezuela criticou assim as declarações do presidente israelense, Shimon Peres, que disse há poucos dias que Chávez e Ahmadinejad vão desaparecer em pouco tempo porque seus povos estão cansados deles.[...]”
“O presidente iraniano, criticado por seu programa nuclear e sua legitimidade no cargo após as últimas eleições, não economizou elogios a seu colega, a quem chamou de ‘irmão valente’ pelo o que considera seu papel na libertação dos povos da América Latina.
‘Eu sou seu irmão e seu amigo e para mim é uma honra (...) felizmente o imperialismo está caindo’, disse Ahmadinejad, que chegou na noite de terça-feira [24/11/2009] à Venezuela após visitar Bolívia e Brasil.
Por sua parte, Chávez chamou seu ‘irmão Ahmadinejad’ de ‘herói’ e ‘gladiador das lutas anti-imperialistas’, enquanto ambos mantinham suas mãos dadas na cerimônia oficial de recepção.”
Fonte:http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/11/25/chavez-ahmadinejad-trocam-elogios-criticam-imperialismo-914925997.asp
Já no caso do presidente Hugo Chávez em fazer questão da presença do presidente Mahmoud Ahmadinejad e tratá-lo como aliado a uma luta contra o imperialismo americano, complica ainda mais as relações exteriores com países do hemisfério norte, no entanto sabe-se que ele tem apoio da Colômbia.
Com relação ao que eu tinha dito antes, de que é possível estarmos próximo de uma nova guerra mundial, temos que relembrar que a guerra fria ainda não acabou, porém o que acabou foi a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e surgiu a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que hoje em dia não passa mais do que um bloco econômico às idéias da União Européia, e os Estados Unidos como superpotência firmando sua hegemonia imperialista. E sem se esquecer, é claro, da China, que ano passado cresceu 12%, em 10 anos consecutivos de crescimento acima de 8% - um valor tão alto, que enquanto isso o Brasil impressionou o mundo com as míseras expectativas de crescer em 6,5% seu Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
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